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Coreia do Sul diz que 600 soldados norte-coreanos morreram na Ucrânia

Um deputado e membro do comitê de inteligência do parlamento da Coreia do Sul afirmou nesta quarta-feira (30) que aproximadamente 600 soldados norte-coreanos morreram em combate ao lado das tropas russas na guerra contra a Ucrânia. A estimativa, segundo Lee Seong-kweun, foi apresentada após uma reunião com os serviços de inteligência sul-coreanos.

 

De acordo com o parlamentar, as forças da Coreia do Norte sofreram ao menos 4.700 baixas, incluindo cerca de 600 mortes. Aproximadamente dois mil soldados feridos foram repatriados entre janeiro e março por via aérea e ferroviária e estariam atualmente isolados em Pyongyang e outras regiões do país. Já os mortos foram cremados na Rússia e suas cinzas devolvidas à Coreia do Norte.

Lee explicou que Pyongyang teria enviado cerca de 18 mil soldados em duas fases para apoiar a retomada da região russa de Kursk, ocupada temporariamente por tropas ucranianas. A recaptura teria sido efetivada em março, reduzindo o número de combates, mas uma possível terceira onda de envio de soldados ainda não está descartada.

“Seis meses após o início da participação, estima-se que a capacidade de combate das tropas norte-coreanas tenha melhorado consideravelmente. A inexperiência inicial foi superada, e os soldados se tornaram mais aptos no uso de armamentos modernos, como drones”, disse o parlamentar.

Apesar disso, relatos apontam para problemas de indisciplina nas tropas norte-coreanas destacadas, incluindo consumo excessivo de álcool e casos de roubo.

Na última segunda-feira (28), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, agradeceu oficialmente às tropas norte-coreanas pela atuação na região de Kursk, marcando a primeira vez em que a Coreia do Norte confirmou o envio de tropas, feito com base no tratado de parceria estratégica assinado com Moscou em junho de 2024.

Em nota, o Kremlin afirmou que os soldados norte-coreanos “defenderam a Pátria como se fosse a deles”, atuando lado a lado com os militares russos. A agência estatal KCNA informou que “subunidades das forças armadas” norte-coreanas participaram das “operações de libertação” em Kursk, sob ordens diretas de Kim Jong-un.

Embora Moscou tenha anunciado no sábado (26) a total retomada da região de Kursk, Kiev negou que a área estivesse sob controle russo. Segundo estimativas de agências de inteligência dos Estados Unidos, Coreia do Sul e Ucrânia, entre 10 mil e 12 mil soldados norte-coreanos já foram enviados para atuar ao lado da Rússia no conflito.
 
 

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Fonte: Noticias ao Minuto Read More

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